outubro 21, 2006

Amor-te

Quem me conhece bem, sabe o quão perto a morte
se tem atravessado no meu caminho...
Visitei hoje uma exposição que me vai marcar para sempre.
Que me fez ter vontade de chorar, mal entrei.
Que me transmitiu uma paz incrível, mal saí.
Que me fez sentir um imenso respeito pelo trabalho em si.
Que me fez olhar para a pessoa que amo e dizer:
é tão bom estar viva e aqui contigo...

O fotógrafo alemão Walter Schels e a jornalista Beate Lakotta
acompanharam cerca de 24 doentes terminais nos seus últimos
momentos de vida. Percorreram diversos hospitais, e durante semanas
viveram de perto a dor de quem sabe que o fim está perto.
A exposição Amor-te nasce do fim das vidas de vários doentes.
Ao todo são 44 fotografias, a preto e branco, que fixam dois momentos:
uma fotografia em vida e outra logo após a morte.
A última fotografia, já depois da morte, é quase como um último
suspiro que fica suspenso para sempre num espaço e tempo.
Amor-te conta-te as experiências, os medos e as esperanças
daquelas pessoas, cujo testemunho está imortalizado através das
fotografias de Walter Schels e dos textos da jornalista da revista
Der Spiegel, Beate Lakotta.

Ao visitares esta exposição estás também a contribuir
Uma associação que tem como objectivo ajudar pessoas em fase
terminal e os seus familiares.
De 3 a 28 de Outubro, no Museu da Água -
Reservatório da Mãe D'Água das Amoreiras
situado na Praça das Amoreiras, 10.

9 Comments:

Blogger lampâda mervelha said...

Conheço. Concordo, apesar de não ser para todos.

22/10/06 15:32  
Blogger Abssinto said...

Fui, Achei caríssimo mas valeu tanto a pena. Pela qualidade, pelo sentimento, pelo local. Belo.

22/10/06 17:25  
Blogger Daniel Aladiah said...

Querida Cris
Em silêncio... o meu beijo
Daniel

22/10/06 19:52  
Blogger Maria said...

A Ruivinha falou-me da exposição. E a Franjinha também. Talvez vá com elas. Sozinha não vou.

um beijinho enorme

que a semana comece da melhor maneira (com ou sem chuva)

22/10/06 22:30  
Blogger Maresi@ said...

Deve ser bela essa exposição ..adoro fotos a preto e branco mas....a distania impede me de ir ai visitar...tlv surja outra oportunidade
mais perto daqui do norte...

Beijo suave___Maresi@

23/10/06 10:08  
Blogger Cris said...

Por vezes, nem tomamos consciência da sorte que temos até a vida, nua e crua nos entrar pelos adentro.

Irei ver a exposição e talvez chorar. Não é vergonha chorar, eu vi a minha avó seguir esse caminho. A morte chegou tarde demais para ela.

Bjos

23/10/06 16:18  
Blogger Azulisa said...

As vezes precisamos de choques psicologicos para dar valor ao q temos em noso redor!!

Do pouco se faz mt!

bj*

23/10/06 17:03  
Blogger Abssinto said...

Qual foi a que te fez mais espécie, Cris? A mim foi a do miúdo que veio a morrer pouco antes da mãe). Era tão pequenito e bonito (e também tinha um brinquinho na orelha, o que me aumentou o arrepio)

Beijo

25/10/06 14:56  
Blogger Stranger said...

WOWWWW espectacular...mesmo

5/11/06 01:04  

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