julho 19, 2006

Fulgor da Língua...

És o infinito e um grito
no espelho do dia e da noite
escuta-me são estas mãos exangues que esculpem o silêncio
o mar afoga-se na concha semicerrada deste mundo estou nu...

olho a claridade transparente
transfiguro beneficio as mãos a lua em redor
uma canção dirá da minha voz movendo-se para a luz
porque a litania é gémea
dos dedos oxidados em duras bocas
aquele por quem eu chamo tem a boca coberta de fogo
ouço esta canção num branco lírio
tacteio a sombra das vozes
toco lentamente a sua vida plural
entoando sons escondidos entre pedras e estrelas
no fundo de um buraco negro
quem se lembrará desta canção?


desço pelas ladeiras íntimas íngremes
amo esse esplendor e a louca sinfonia do mundo
o silêncio de guelras abertas precipitando as sombras
o corpo com os seus pomares translúcidos
e por vezes a conjugação do verbo é o alicerce dos lábios
água branca sonâmbula oceano que pernoita nas tuas pálpebras
mar e aragem numa miragem aguagem...
click...

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Gosto da forma como escreves, vou continuar na sombra a ler as tuas palavras, os teus sonhos, as tuas emoçoes e os teus sentimentos.

19/7/06 15:50  
Blogger Dark-me said...

Desculpa...fiquei sem palavras
jinhos

20/7/06 00:11  
Blogger Marco Magalhães said...

O texto é uma completa vertigem.
Mais uma vez adorei.
Beijos

20/7/06 02:34  
Blogger bound[PL] said...

Intenso sem dúvida....

beijos!*

20/7/06 23:22  

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