Momento
de um rio confuso
Levanta-se o vento
Comparece a lua
Entre línguas e dentes
este sol nocturno
Nos teus quatro membros
de curvos arbustos
Levanta-se o vento
Comparece a lua
Entre línguas e dentes
este sol nocturno
Nos teus quatro membros
de curvos arbustos
lavra um só incêndio
que se torna muitos
Cadente silêncio
sob o que murmuras
Por fora por dentro
do bosque do púbis
crepitam-me os dedos
tocando alaúde
nas cordas dos nervos
a que te reduzes
Assim o momento
em que tudo é tudo
Mais concretamente
água fogo música
que se torna muitos
Cadente silêncio
sob o que murmuras
Por fora por dentro
do bosque do púbis
crepitam-me os dedos
tocando alaúde
nas cordas dos nervos
a que te reduzes
Assim o momento
em que tudo é tudo
Mais concretamente
água fogo música
David Mourão-Ferreira
11 Comments:
Ai o momento...e que momento :))
E como dizia alguem...nunca mais é dia :))
Beijoca Humida
Porque será que não me pareces perdido...
Ler-te é deixar-se embalar.
Se fosses um vionilo só poderias ser um stradivarus.
Predador, tão nosso? In your dreams! lol
Adoro esta "casa"
bjs
tao pequeninas que sao!
Foto linda.
Poema... "crepitam-me os dedos tocando alaúde nar cordas dos nervos"
Beijo
Gostei muito deste poema :) Boa escolha!!
Beijo
o mestre do erotismo lírico, dizem!
Eu não concordo plenamente, mas tbém o que é que isso interessa?!
Para sempre prevalecerão as massas e as maiorias... o mecenato.
Gosto deste blog pá!
Amo vir ao teu blog....Fazes-me sonhar e reviver as coisas boas!
Um beijo
Miss S
li-t mais k uma vez!
as fotos...
as fotos...
perco-m nelas..
mto love
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