Ausência
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Carlos Drummond de Andrade
12 Comments:
Não deve ser por acaso que o meso autor desse poema escreveu que no meio do caminho tinha uma pedra no meio do caminho tinha uma pedra.
*
Meu querido Hugo, pedras no caminho e cartas de amor, quem as não tem... :)
Passei para desejar óptimo fim-de-semana e apreciar esta interessante página, onde impera a qualidade e bom gosto.
Hum... seno-me bem ao lado dessas palavras. Um dia, escreverei sobre a ausência (mais).
A imagem merece uma atenção pormenorizada...
;)
Hum... sento-me bem ao lado dessas palavras. Um dia, escreverei sobre a ausência (mais).
A imagem merece uma atenção pormenorizada...
;)
O teu blog está simplesmente fantastico.
bf semana
Simples e bonito.
Beijos
Ana e Jorge
Quando é que estarás outra vez com ele? Espero não estar a cometer nenhuma indiscrição...
beijinhos e um abraço apertado
Ausencia é algo com que nao lido mto bem...
Um beijo:)
Nunca vivi profundamente a ausencia.....
um beijo linda*
A única coisa que posso desejar é que ele volte depressa.
Muitos beijinhos da tua menina*
Cheguei aqui por acaso e gostei muito das palavras. Reforço estas, pela prazer de gostar muito do Drummond....
Bj
Gui
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