Porque sim...

A ti Perdido:

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Longe de ti são ermos os caminhos,
Longe de ti não há luar nem rosas;
Longe de ti há noites silenciosas,
Há dias sem calor, beirais sem ninhos!
(Florbela Espanca)

Penso em ti e suspiro repetidamente. Sinto-me adolescente, com certezas de mulher.

Invade-me um arrepio na espinha quando relembro os nossos corpos colados, quando somos apenas um. Anseio por estar de novo envolvida pelos teus braços, perdida nos teus beijos que me percorrem o corpo em buscas de prazer... Gosto de te deixar marcado qual fémea assanhada...

É a voz do delírio e desejo que me guia até ti. A voz da vontade, da saudade, um querer mais e mais... Dói-me na carne cada hora de ausência. Sinto-te como se de mim já fizesses parte.

Cada gesto teu, cada sorriso, cada olhar aumenta o meu gozo de te ter.

A varanda do último andar que faz da cidade nossa cúmplice... a viola que sabe o que tocar (já te disse que adoro quando tocas para mim?).

O modo como me abraças, beijas, enlaças...

A sedução...

A cumplicidade nos nossos silêncios.

O acordar a teu lado.

O dizer-te bom dia amor...

Porque te quero. Porque faz sentido.

Porque assim é.